O SÓCIO, O ÍDOLO, O AMIGO!


Para relembrar a escalada da vida política e profissional do nosso saudoso pai, Antônio Piancó,
necessário se faz ressaltar o relevante companheirismo, por décadas a fio, desse Grande Homem que o acolheu como empregado e lhe deu a oportunidade de chegar a ser o 2º acionista de sua Empresa W.Siqueira S/A.

"Eu sou um homem da região do Pajeú - dizia ele - no Sertão de Pernambuco. Comecei a trabalhar muito cedo, com a idade de 11 anos. Na época de minha infância, havia dificuldade para estudar, de maneira que só consegui fazer o Curso Primário".
PERFIL PARLAMENTAR SÉCULO XX
A edição Perfil Parlamentar Século XX, pela Assembléia Legislativa do Estado de Pernambuco, com apoio dos Diários Associados, é significativa, sobretudo, porque representa o destaque de nomes, da obra e da vida daqueles que, por sua atuação política nesta Casa e fora dela, se sobressaíram no Estado e no País.

A Assembléia Legislativa mostra às novas gerações, com esta publicação, a ação parlamentar de alguns de seus mais ilustres deputados ao longo de seus 166 anos.

A seleção dos parlamentares representativos do século XX foi realizada pela Academia Pernambucana de Letras, que indicou o acadêmico Mário Márcio de Almeida Santos, o Conselho Estadual de Cultura, representado pelo conselheiro Marcus Accioly, a Fundação Joaquim Nabuco, que indicou o professor Manuel Correia de Andrade, a Universidade Federal de Pernambuco, representada pelo professor Marc Jay Hoffnagel, e o Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano, que se fez presente pelo pesquisador Carlos Bezerra Cavalcanti. Este grupo de notáveis constituiu a Comissão Especial, a qual teve a consultoria do ex-deputado e presidente em exercício da Academia Pernambucana de Letras, Antônio Corrêa de Oliveira.

As reuniões que antecederam a divulgação do resultado final definiram os critérios para a seleção: que o parlamentar já tivesse falecido; atuação na Assembléia Legislativa; atuação política e profissional.

Entre outros escolhidos,Walfredo Paulino de Siqueira. O Parlamento é o espaço democrático onde os cidadãos são representados pelos deputados. Esta publicação é uma homenagem àqueles que tornaram ainda mais importante o Poder Legislativo.Serão publicados três mil exemplares de cada um dos 22 volumes, os quais serão distribuídos, majoritariamente, nas escolas e bibliotecas. A redação destes Perfis está a cargo de jornalistas profissionais, aos quais esta Casa não impôs restrições, confiando-lhes o livre exercício dos seus estilos e características pessoais.-->

Este site interessa a estudantes, a políticos, a pesquisadores e à sociedade de um modo geral, pois nele estão contidas novas informações sobre a História de Pernambuco e do Brasil.

A iniciativa da atual Mesa Diretora da Casa de Joaquim Nabuco concretiza a determinação de que vamos deixar uma Assembléia Legislativa que seja motivo de orgulho para a sociedade que nela se vê representada.

Deputado Romário Dias,
Presidente da Assembléia Legislativa do Estado de Pernambuco
Casado com Dona Maria, pai de 11 filhos:
Zuleide, Socorro, Ivone, Graça, Zita,
Haroldo, José Carlos, Carlos, Marcos, Jorge e Walfredinho

segunda-feira, 23 de maio de 2011

WALFREDO SIQUEIRA: O VICE-REI DO SERTÃO

Lançamento do livro:
Zita Siqueira (filha de seu Walfredo),
ladeada por Lila e Lusa, filhas de Toinho Piancó




UM GRANDE SERTANEJO

"Walfredo Paulino de Siqueira nasceu no dia 23 de maio de 1911, em São José do Egito, ribeira do Rio Pajeú, no sertão do estado.

Ele era filho de José Paulino de Siqueira (outrora Tabelião e figura popularíssima, querida por todos em São José do Egito), e de Dona Maria Rafael de Siqueira.
Seu pai, descencendente do velho Mestre de Campos da Ribeira do Moxotó - Pantaleão de Siqueira Barbosa. Sua mãe. descendente de Luís Teixeira de Deus Vasconcelos, do Rio Grande do Norte que para aqui veio em meados do século XVIII.

Foi casado com Dona Maria do Carmo Cavalcanti de Siqueira, nascida em Umburanas, hoje Itapetim, lugar cuja emancipação política foi conseguida por ele, no ano de 1953.

Terra de Padre João Leite, Simão Leite e de Antônio Piancó, este último além de amigo, foi um de seus braços fortes no desenvolvimento e no sucesso da Empresa do Algodão. Conhecia todos os itapetinenses, afinal enquanto político, Itapetim foi o seu reduto eleitoral mais forte.

Foram pais de quatorze (14)  filhos, criaram onze (11) , e foram avós de (38) trinta e oito netos.
Por ter perdido sua mãe aos sete (7) anos de idade, amadureceu muito cedo - dividia responsabilidades caseiras e ajudava sua mãe Preta a cuidar dos irmãos, pois os dois mais velhos eram mulheres: Adalgisa de Siqueira Aragão e Júlia de Siqueira Leite. Ele, como bem disse Ivanildo Sampaio, "Era a luz e o porto da família, dedicou-se muito a essas duas irmãs. A primeira, foi casada co Abraão Correia de Aragão, que muitos anos foi Tabelião nesta cidade.

Lembro-me de que quando ela faleceu meu pai chorava copiosamente. Além de irmã era muito sua amiga. A segunda, casada com o Sr. Paulino Leite que era comerciante.
Por ser muito devota e uma das zeladoras de nossa matriz,  sempre estava com um terço em suas mãos, rezando por todos os familiares, especialmente por meu pai. Dizia que era um irmão que qualquer irmã desejaria ter.

A infância e a adolescência de Walfredo foram recheadas de carências. Seu pai rapidamente contraiu novas núpcias e teve mais  três (3) filhos: Telêmaco, Orlando e Célia, esta destacou-se como professora, poetisa e pintora.

Assim sendo, ele, como homem mais velho da segunda família assumiu o leme da casa.
Muito cedo saiu do seu lar e foi para a Cidade de Fortaleza, em busca da ajuda de um tio, chamado Paulino de Siqueira Campos, irmão do seu pai. Era dono de vários estabelecimentos comerciais na Praça do Ferreira. Mas, para sua surpresa o que buscava não encontrou. "Sem lenço e sem documento", dormiu em bancos de praça até encontrar um meio de frazer o caminho de volta.

Em aqui chegando foi trabalhar no que lhe aparecia. Trabalhou na Usina de seu Inácio Valadares e acredito que por terem percebido sua inteligência, com 17 anos foi ser Secretário da Prefeitura, no Governo do Sr. João Valadares.

O nome Paulino em nossa família é muito forte. Tivemos também um tio chamado Paulino Rafael, irmão de sua mãe. Esse muito cedo foi embora para a Cidade de Bauru, uma cidade no estado de São Paulo, e por ser ligado à cultura, era dono de um dos maiores jornais daquela cidade.

Walfredo Siqueira, por ter tendência comerciais abriu um alambique no quintal de sua residência, gerenciado por Sata Menezes, irmão do seresteiro João Pequeno, e já se achando estruturado resolveu casar aos vinte e dois (22) anos e, ela aos dezenove (19) anos. E aí vamos labutar para que pudesse dar condições dignas à sua família. E assim o fez, só parando quando a morte o arrebatou.

Cidadão de grandes virtudes foi bom filho, irmão, esposo, sogro, excelente pai e avô, amigo dos amigos. Sentia prazer em ajudar a sua gente, independente da política, não se negava quando procurado.
Sua vida pública, não foi em vão. Cumpriu sua missão aqui na terra, muito bem cumprida, não só na qualidade de cidadão, mas de Prefeito, Deputado Estadual (quatro legislaturas), Presidente da Assembléia (por duas vezes) e assumiu o Cargo de Governador (por 18 vezes), ou como dizem alguns 22 vezes.

Pensava muito em educação. Ajudou muitos dos seus conterrâneos a se formarem. Dizia que não tinha tido o privilégio de colocar um anel no dedo, mas que ia chegar o dia em que o Governo abriria as torneiras para que houvesse educação para todos independente de raça, cor e religião.

Lutou pelo direito de que todos os jovens fossem portadores do Diploma de um Curso Superior. E esse dia chegou. Gostava também de dizer que muito aprendera com a Bíblia, obra que considerava como a mais importante criação literária, filosófica e cultural da História da humanidade.
Homem de costumes simples, não escondia o fato de não ser portador de Curso Superior e dizia com certo orgulho que todo seu conhecimento foi adquirido por ele próprio, através dos livros.

Sem dúvida foi um privilegiado e até mesmo um iluminado. Por muito tempo foi destaque da família Siqueira e continua. Parece até que estava escrito nas estreloas que por aqui sua passagem seria rápida, mas as páginas do livro de sua história seriam todas escritas, não só pelos grandes feitos, mas sobretudo pela trajetória da sua vida.

Dr. Luis Wilson, em seu livri intitulado " Velhos e Grandes Sertanejos", diz: " homem inteligente, simpático e atencioso com todo mundo". Acredito que por ter essses e outros predicados, chegou, ao ápice em todos os setores onde atuou. Por ter exercido várias atividades pode ajudar quase todos da família: irmão, sobrinhos, primos, entre outros.

Foi comerciante, industrial, agropecuarista e político, tendo iniciado sua carreira pública no ano de 1937, quando implantado o esatado Novo, como interventor, a pedido de um grande amigo, o Sr. José Borja. Enquanto político, nunca abandonou sua terra, tanto é que o nosso sertanejo pensava que ele era o proprietário ou sócio do Banco do Brasil, por vê-lo sempre ali sentado a conversar com o gerente e a conseguir dinhei9ro para seus eleitores e amigos. Uma de suas maiores qualidades: A humildade. Parece até que se sentia melhor em uma cabana do que num Palácio.
Questão de raízes. Tratava o pobre e o rico com a mesma simpatia que lhe era peculiar. Diz um velho provérbio que quem quiser ser bom, morra; no entanto, não era só eu como filha que assim o via.

Obviamente, tinha seus defeitos, mas seu carisma era muito mais forte: Crianças, jovens e velhos o admiravam, acredito que por não ter arestas políticas com ninguém - correligionários e adversários eram tratados por igual."

Pinçado do livro " O Vice-Rei do Sertão - Traços Biográficos de Zita Siquiera (Filha de Walfredo Paulino de Siqueira)
LANÇAMENTO DO LIVRO E ENTREGA DAS COMENDAS



Marcando presença:

Lusa Piancó Vilar e Carlos do Rêgo Vilar (seu esposo)


Leta Piancó e Professor Heráclio Felipe Barbosa (seu esposo)

Hélder Felipe Piancó (filho deLeta e Heráclio) e Valdira (esposa)
João Antônio (filho do casal e bisneto de Antônio Piancó)

Elizabeth Piancó e Maria Rita (sua Filha)
André Felipe e sua mãe Valdíra (bisneto de Antônio Piancó)

NO FELIZ REENCONTRO:
NOSSOS AGRADECIMENTOS



Lusa Piancó Vilar com  Walfredinho (filho de seu Walfredo) e esposa

Lusa, Lila e Maria Rita (filha de Lila),
 com Carlos Siqueira (filho de seu Walfredo)

Com Zuleide Siqueira (filha de seu Walfredo) e seu esposo

Com os filhos de seu Walfredo:Maria das Graças, (e seus filhos),
Marcos Siqueira e esposa


Com Ivone de Siqueira Perazzo
 (viúva do saudoso Francisquinho Perazzo e filha de seu Walfredo)

Socorro e Carlos Siqueira (filhos de seu Walfredo)

2 comentários:

Lusa Vilar disse...

Desculpe Sr. Anônimo, que não teve acoragem de se identificar. Deveria ter ativado a moderação dos comentários, assim teria evitado que sua mal educação fosse publicada na internet. Infelizmente quando somos educados para respeitar as pessoas, especialmente os mortos, não supomos que pessoas sem escrúpulos possam ter um comportamento adverso do nosso. Certamente o senhor cresceu em um ambiente onde não lhe ensinaram que depois de mortos só Deus poderá nos julgar. Nossa família deve muito repeito a este cidadão que tanto fez por ela, esse espaço que criei é destinado à homenagens, se o senhor tem alguma coisa contra o nosso maior amigo, que hoje é morto, que guarde consigo e talvez no Dia do Juízo Final possa fazer seu acerto de contas a três: O senhor, Ele e Deus.

★MaRiBeL★ disse...

✿.✿¯`•Flores•´¯✿•para•✿✿•perfumar•✿¯`•este bonito Blog•✿
✿¯`•★MaRiBeL★•